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Vacinação é melhor controle contra clostridioses
Doenças causadas por falta de cuidados de imunização e manejo geram graves problemas podendo levar animais à morte
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Juliana Royo
04/11/2010

As clostridioses são doenças graves causadas por um grupo de bactérias do gênero clostrídio. São mais de 200 espécies existentes, sendo 50 delas patógenas ao homem e aos animais. Elas podem causar danos muito sérios como infecções, necroses, problemas intensos na musculatura, tétano e até a morte. Estas bactérias existem no ambiente, principalmente no solo, sobrevivem em forma de esporos e liberam toxinas extremamente tóxicas. Por isso, precisam ser combatidas de forma preventiva, já que não há como eliminá-las da fazenda. Alguns cuidados básicos de manejo, principalmente na questão de higiene, e a vacinação são as únicas formas de combater as clostridioses.

Estas bactérias são responsáveis por causar várias doenças diferentes, que ocorrem por motivos distintos. As bionecroses como o carbúnculo sintomático e as gangrenas gasosas são umas das principais.  O carbúnculo sintomático ataca principalmente os animais da fase da desmama até 2 anos de idade através de uma infecção, por falta de higiene, que causa a morte. Já a gangrena gasosa também ocorre por falta de assepsia, mas em animais que passaram por cirurgias, castração ou tiveram algum tipo de ferimento. Existe também o botulismo,  que geralmente acomete as vacas em fase de lactação ou gestantes, e o tétano. A maioria das vacinas existentes no mercado são polivalentes, ou seja, combatem todas estas bactérias ao mesmo tempo. Segundo o médico-veterinário Francisco Carlos Faria Lobato, professor da Escola Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, a vacina contra as clostridioses deve ser dada aos quatro meses de idade do animal, com um reforço após quatro a seis semanas. Depois a vacinação deve ser feita regularmente uma vez ao ano.

— As clostridioses tem a característica de serem bactérias anaeróbicas estritas, ou seja, só crescem na ausência de oxigênio, entretanto elas permanecem numa forma de resistência chamada esporos. Elas causam doenças nos animais através de dois mecanismos: invasão de tecidos e produção de toxinas. Elas produzem as toxinas mais potentes que se conhece de origem microbiana. A vacinação é o principal método de controle por estes agentes estarem presentes no solo na forma de esporos e na flora intestinal destes animais. Então, nós não temos como erradicar os clostrídeos e como eles produzem toxinas as vacinações são os principais mecanismos de prevenção. A grande maioria das vacinas encontradas hoje no mercado são polivalentes e contém a maioria destes agentes na sua composição. Grande parte delas são toxóides, são vacinas feitas a partir da toxina produzida por estes agentes — explica o médico-veterinário.

Lobato esclarece que o controle do  carbúnculo sintomático se dá também  pelo manejo adequado dos animais, evitando, por exemplo, que os cadáveres permaneçam nas pastagens. Por isto, o descarte de carcaças deve ser feito da melhor forma possível, com a construção de covas adequadas e com a higiene necessária. Aliás, higiene é outra palavra fundamental para combater as clostridioses. É ela que evita também os problemas de tétano e de gangrena gasosa. Para evitar as gangrenas, o produtor deve trocar a agulha usada em uma cirugia ou ferimento, pelo menos, após o uso em cada 10 animais.

Já o botulismo, além da vacina, exige um manejo especial com foco na nutrição do gado. Quando os animais em fase de lactação ou gestantes se alimentam de pastos com deficiência de fósforo eles procuram compensar esta deficiência através d aingestão de cadáveres, se alimentando, sobretudo dos ossos dos animais mortos e ingerindo bactérias. Para evotar isso, os produtores não podem deixar faltar fósforo nesta fase e devem fazer uma boa suplementação mineral de fósforo, além de fazerem o descarte correto de carcaças. No caso de dúvidas, os produtores devem consultar a assitência rural ou um médico-veterinário.
 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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magneide israel carneiro bomtempo
10/12/2010 15:09:32
Boa tarde.
Excelente matÚria, fonte exclarecedora para produtores que infelizmente ainda negligenciam a profilaxia e controle de enfermidades tÒo importantes. Obrigada.
Att,
magneide bomtempo.

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1 comentário

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